Sejam bem vindos

Sejam bem vindos

O conteúdo desde blog, serve para a divulgação de toda a doutrina dos espíritos em geral, assim como dar a conhecer a vida de alguns seres iluminados que passaram pelo nosso planeta em outras épocas, gostaríamos também de, pouco a pouco, tentar sensibilizar os mais desacreditados para a vida alem da morte, e acima de tudo, fazer com que os nossos leitores perguntem a si mesmos: O que DEUS quer de nós?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Trailer do filme: "As Mães de Chico Xavier"

CARTA AOS VISITANTES

Como se transforma uma idéia em filme? Aqui você vai descobrir isso. Vai ter um vislumbre de todo o trabalho, esforço e dedicação necessários para transformar sonhos em realidade. No caso, o sonho é uma parte da história de mães que receberam consolo através de cartas psicografadas por Chico Xavier, que se dizia "apenas um carteiro". A Estação da Luz e todos os envolvidos na produção do filme As Mães de Chico Xavier esperam que esse consolo também aqueça o seu coração.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Joanna de Ângelis fala-nos do Poder do Amor

O INCOERCÍVEL PODER do AMOR

Por mais definições e conceitos apresentem o amor, a sua força incoercível transcende sempre as colocações filosóficas, éticas, emocionais, comportamentais, pelas quais se expressa.

Mesmo nas manifestações primárias, quando se inicia com singelas características derivadas do instinto de preservação da vida, desenha todo um roteiro de crescimento que alcançará as culminâncias, adornando-se de sacrifícios e de holocaustos, de ternura e de abnegação.

Nascido nas inexauríveis Fontes do Excelso Criador, apresenta-se num caleidoscópio de manifestações que movimentam o cosmo e todos os seres viventes.

É o amor que proporciona a força de aglutinação das moléculas no mundo microscópico, assim como dos astros no macro, como energia de atracão e de repulsão, conforme ocorre entre os seres animados, em forma de afinidade ou de reação.

O deotropismo, que a tudo e a todos atrai para o seu Divino Fulcro, é a mais elevada e grandiosa manifestação do seu poder, em razão de erguer do caos da insignificância a vida nas suas primeiras apresentações, especialmente o princípio inteligente, na sua origem, até proporcionar-lhe a plenitude.

O amor ilumina a sombra da ignorância com o conhecimento, fomenta o progresso pelo trabalho, amplia os horizontes da percepção mediante o exercício contínuo da meditação.

Ao ser fraco, oferece força e resistência; ao bruto, enseja a docilidade; ao rebelde, proporciona o equilíbrio; ao déspota, faculta a compaixão; ao empreendedor, gratifica com o êxito; ao pigmeu, transforma em gigante; ao desanimado, impulsiona o recomeço da ação interrompida; ao fracassado, estimula o prosseguimento da atividade, sendo a energia que transforma tudo e todos para melhor.

O amor jamais desiste de levar adiante as obras de engrandecimento moral e espiritual da humanidade, porque se estrutura nos valores éticos da vida.

Jamais se ensoberbece, porque sabe que o seu êxito é resultado da permanência do esforço infatigável para o alcançar.

Em todas as situações é sempre o mensageiro da alegria e da ternura, jamais reagindo, sempre agindo de maneira correta e dulcificadora.

Nessa aparente fragilidade está a sua força incoercível, que nunca cede espaço à prepotência e ao canibalismo.

Pode-se impedir que se espraie, nunca, porém, que paralise a sua ação. Às vezes encarceram o indivíduo e o amordaçam, na vã expectativa de silenciar a sua expressão, que se exterioriza no olhar do impedido, que não se encontra vencido no sentimento que o domina e não pode ser aniquilado.

Quanto mais difícil o solo dos corações a joeirar, mais o amor se intensifica e produz sementes de vida eterna.

Quando os maus triunfam e pensam que poderão estabelecer o seu reinado infeliz, o amor suavemente brota do coração das vítimas e abençoa o martírio, tornando-se invencível.

Todos aqueles que se lhe opuseram através da história sucumbiram posteriormente ao seu encanto e vigor.

Santa Mónica, por exemplo, dominada pelo amor a Jesus, vivendo o martírio de um matrimónio infeliz, e genitora de Agostinho, rebelde e vulgar, então orou por vinte e sete anos em favor da conversão do filho, até o momento em que ele se tornou cristão, quando, concluída a sua tarefa, desencarnou em paz.

Por amor ao seu próximo, Maximiliano Kolbe, o sacerdote polonês, trocou a sua pela vida de um operário, quando os nazistas iam enviá-lo para uma casamata no campo de extermínio, onde deveria morrer, salvando-o…

Por amor à vida humana, Pasteur, embora enfermo, perseguiu os micróbios até encontrar a vacina contra a raiva e abrir o campo para a descoberta de muitos outros agentes de destruição do organismo.

Livingstone, o célebre conquistador e missionário inglês, estando em viagem pela África, embora não falasse outro idioma, senão o da sua pátria, deixou marcas inapagáveis do amor por onde passou, ajudando e estimulando as criaturas à felicidade.

Santos e heróis, mártires e sacrificados multiplicam-se nos relatos da história, dominados pelo amor que lhes ofereceu as forças para alcançarem as cumeadas da abnegação, sorridentes e felizes, doando a preciosa existência para que outros pudessem viver com dignidade e em paz.

Mães e pais abnegados, filhos dedicados e reconhecidos, irmãos conscientes, servidores humildes e gênios do conhecimento, da ciência, da tecnologia, da arte, dominados pelo amor, mantêm a sociedade em equilíbrio, fomentando-lhe o progresso e impulsionando-a no rumo dos objetivos sublimes de iluminação e espiritualidade.

O amor é a alavanca propulsora do bem que se esparze na Terra.

Sem a sua presença, a natureza seria árida e a beleza que brilha em toda parte ficaria reduzida ao desencanto e à degradação…

Nunca te canses, portanto, de amar.

Seja qual for a situação em que te encontres, dispões do instrumento divino do amor para equacionar quaisquer dificuldades, enobrecer os acontecimentos, fomentar o desenvolvimento moral, espiritual e material do ser humano.

Não fosse o amor de Nosso Pai, e a vida seria um fenômeno espúrio do acaso, candidata à desintegração, por absoluta falta de finalidade.

Portanto, nunca te queixes pelo fato de amares.

O amor é espontâneo e, por isso mesmo, é imbatível.

Espontâneo, torna-se um rio que se faz caudaloso, à medida que se alonga pelo curso, na direção do Oceano Celestial…

Quando amas, a tua vida adquire sentido e significado psicológico, porque se enriquece de bênçãos, que são os valores elevados da misericórdia, da compaixão, da afabilidade, da renúncia, da caridade, sem a qual não há salvação.

Examina as nascentes do amor no teu mundo íntimo e cuida de preservá-las sempre límpidas e cristalinas, não permitindo que ali se amontoe o lixo da ingratidão dos outros, a provocação dos maus, o desinteresse dos frívolos, a alucinação dos gozadores…

Estimula a generosidade dessa fonte que é inexaurível, e verificarás que, à medida que mais distribuíres a linfa sublime, mais ela produzirá.

Jesus, o excelente psicólogo, numa época em que predominavam o crime e a traição, o suborno e o utilitarismo, a descrença e o cinismo triunfava, quando a vida humana valia menos do que a de uma animália, embora perseguido e odiado, elegeu o amor como sendo a maior conquista destinada ao ser humano.

… E para demonstrar a grandeza dessa emoção superior, amou-nos em total segurança, de maneira que não trepidou em oferecer-se em holocausto, dando a própria vida, a fim de demonstrar-nos que a existência física somente possui objetivo quando é dominada pelo amor.

Extraído do livro: “Entrega-te a Deus”, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As provações coletivas e nós.



Defrontados com o noticiário alarmante em torno de calamidades públicas a colher desprevenidos os nossos irmãos do caminho, necessário se faz serenemos o íntimo na fortaleza da prece.

Diz a sabedoria celeste que não cai uma só folha de árvore sem que o Pai o queira.

Normalmente, os horizontes estreitos da vida humana alteram-nos o campo de visão, limitando-nos o alcance de nossa compreensão.

A fé genuína, contudo, nos endereça o expressivo convite à compreensão dos desígnios de Cima, reconhecendo que tudo segue segundo a vontade soberana de Deus, sempre magnanimamente justa e plena de misericórdia.

Sem dúvida, as provações coletivas, levando centenas de almas às portas da desencarnação traumática, e vitimando milhares de outras à penúria e à necessidade, têm o condão de nos sensibilizar as fibras mais íntimas, muitas vezes levando-nos às lágrimas.

Entretanto, emotividade sem ação efetiva no bem equivale a sentimento inútil que para nada serve.

Sabendo nós que a justiça e misericórdia divinas presidem todos os movimentos da vida, aceitemos todos os episódios em torno de nossos passos como ocorrências naturais da estrada. Tudo é aprendizado e experiência destinados à iluminação e ao progresso espiritual das criaturas em romagem pela Terra.

Se já entendemos a chave da reencarnação como sublime oportunidade de abrir as portas da redenção de nosso passado obscuro e delituoso, poderemos facilmente concluir que na maioria dos casos a provação inevitável a colher irmãos de nosso caminho é sublime oportunidade de redenção espiritual que a bondade de Deus lhes faculta à própria consciência milenária.

Todos nós somos chamados a absorver esse grande ensinamento, compreendendo que a liberdade espiritual e o progresso moral que todos almejam, representando o nosso destino ascensional para Deus, somente será plenamente realizável na medida exata de nossa aceitação íntima dos obstáculos interpostos em nossa estrada.

Resignar-se alguém aos ditames inevitáveis da experiência humana é valor de espiritualização de que não podemos prescindir.

Aceitar a prova e resignar-se diante da dor é trabalho interior de construção dos dons inefáveis da fé na vida superior e, em última análise, é demonstração ativa do amor que devemos consagrar, com todas as nossas forças, à divina paternidade do Criador, o Deus de amor e sabedoria, que pacientemente nos espera desde tempos imemoriais.

Saibamos honrá-Lo na rocha de nossos sentimentos mais recônditos e na luz de nossos pensamentos mais íntimos. Em assim procedendo, iremos, paulatinamente, saber que ao invés de lágrimas e lamentações vazias de significado cada qual de nós é simplesmente chamado a colaborar com os sofredores, estendendo-lhes a mão amiga e fraterna de irmão.


Theophorus


(MENSAGEM PSICOGRAFADA POR GERALDO LEMOS NETO, EM REUNIÃO PÚBLICA NO CENTRO ESPÍRITA LUZ, AMOR E CARIDADE, NA NOITE DE 14 DE JANEIRO DE 2011.) 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Biografia de Meimei.

Irma de Castro.
A simples alma de uma grande mulher.
O nome MEIMEI, é uma expressão chinesa que significa "amor puro".

Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe", e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças.  

Nascida em 22 de Outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme, MG, transferiu residência para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crónica.

A Origem da Doença:
Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana.

O Sofrimento: 
Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.

A Desencarnação:
Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo 
voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Surge Chico Xavier: 
Aproximadamente cinquenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos.



O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: 'Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei'... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: 'Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira.' E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: '- Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!'. 

E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.

"Meimei" era um apelido carinhoso que o casal Arnaldo-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.

 Dados biográficos publicados no livro “Palavras do Coração”


                                       ***************

A materialização de Meimei: 
Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado..."Uma noite, sentimos um 
delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente.  

No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e, elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. 

Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"

Texto de Arnaldo Rocha. Trecho do livro "Chico Xavier - Mandato de Amor". União Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992.  

                                           ***************


CONFIA SEMPRE Por Meimei:
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueça, porém, de que amanhã será outro dia.  

Mensagem de Meimei, psicografada por Francisco Cândido Xavier.  





domingo, 13 de fevereiro de 2011

LIVRO: CHICO XAVIER PEDE LICENÇA.


 APARTE DE AMIGO

Caro Leitor:

Não temos aqui o livro de um autor único ou uma exposição de ideias pessoais.
Solicitamos vénia para dizer que este volume é um diálogo em si. Um ponto de encontro entre nós e a Doutrina Espírita.
Em muitos tópicos surpreenderemos as nossas indagações e perplexidades, ante os obstáculos e provas da experiência humana a se expressarem nas inquietações e perguntas de muitos daqueles que suscitaram a formação destas páginas.
Alguém desejará saber porque a nossa participação nos assuntos de ordem terrena.
Acaso não existirá mundo melhor que a Terra para os espíritos desencarnados, sedentos de beleza e relevação? E será o orbe terrestre assim tão importante para que tantos amigos, além da morte, continuem gravitando em torno deles?
Responderemos afirmativamente.
Existem mundos cuja sublimidade e grandeza por enquanto nos escapam a qualquer definição, ao mesmo tempo que o campo humano, materialmente considerado, é sumamente significativo para quantos se desenfaixam dele. Isso ocorre porque o estágio do Espírito no corpo denso. 
Os chamados vivos da Terra, nos eventos de hoje, serão os habitantes do Mais Além, nas ocorrências do amanhã, e a maioria dos chamados é demasiado curto para a aquisição dos valores de que carecemos todos, a fim de seguir adiante mortos do presente revestirão a roupagem carnal no futuro, retomando uns e outros o trabalho evolutivo nos dois planos da Vida, até que a sublimação lhes autorize a promoção, no rumo da Vida Superior.
Compreensível que as construções espirituais dos homens nos interessem a todos, de vez que somos interdependentes na romagem para o Mais Alto.
Do impositivo de estudos recíprocos este livro nasceu evidenciando-nos o anseio comum na procura da verdade e a Doutrina Espírita, consubstanciando a Verdade em si mesma, aqui nos responde às inquirições de ordem geral.
Diligenciamos por isto relacionar os nossos contatos e conclusões neste livro, seja nos comentários inspirados do nosso companheiro - o Professor Herculano Pires - corporificado no Plano Físico presentemente, guardando responsabilidades na orientação e na divulgação dos princípios kardequianos, por encargo dos mais expressivos em sua atual reencarnação, seja nos trechos despretensiosos em que nos manifestamos, com relação aos temas propostos através de encontros públicos.
Ante a Era do Espírito e em plena viagem espiritual para o Mundo Novo, achamo-nos, assim, neste volume, na condição de amigos em praça aberta, buscando diálogo e entendimento.
Que o Senhor nos abençoe e ilumine, a fim de que venhamos a atingir os nossos objetivos em amparo a nós mesmos, são, hoje e sempre, os nossos votos.

Emmanuel, Uberaba, 1º de Junho de 1972

Do livro: “Chico Xavier pede licença” Psicografia de Francisco C. Xavier, Autores diversos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entrevista a Divaldo P. Franco sobre Crianças Indigo e Cristal.


PERGUNTA - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?  

DIVALDO
– Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar. Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente 
necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração. As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape). O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis. Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais. As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira. A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.  

PERGUNTA – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?

DIVALDO - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal. A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças... Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las. Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf. A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual. Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência. A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição. Daí é necessário muito cuidado. Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental. Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro. As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.

PERGUNTA – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?

DIVALDO - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado. Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição. Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.

PERGUNTA – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?

DIVALDO - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos. Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao a
njo que se rebelara contra Deus – Lúcifer. Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro. Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos. É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.  

PERGUNTA – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?

DIVALDO – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa. O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”. Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão. Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.

PERGUNTA – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?

DIVALDO- Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade. Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura. São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom. A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes. Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.


Entrevista de Divaldo Pereira Franco ao Programa Televisivo O Espiritismo Responde, da União Regional Espírita – 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007.


Fonte: http://www.divaldofranco.com

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ensinamentos de Sócrates ficam para a eternidade...

Passeio Socrático.


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Em outro momento, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: “Qual dos dois modelos produz felicidade?”
Na verdade, estamos construindo super homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!
Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho otimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?” “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!”
A publicidade não consegue vender felicidade, então passa a ilusão de que felicidade é o resultado de uma soma de prazeres:”Se fizer aquela viagem, se usar uma roupa de determinada marca, se comprar aquele carro, você chega lá.”
O grande desafio é começar a olhar para dentro, começar a perceber o quanto é bom ser livre de todo o condicionamento.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriram status construindo uma catedral; hoje, constrói-se um shopping-center. E o que é curioso observar: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetónicas de catedrais estilizadas; neles não se “deve” ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de “missa de domingo”. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas…
Entra-se naqueles claustros ao som do “gregoriano pós-moderno”, aquela musiquinha de esperar dentista.
Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas (as lojas) com os veneráveis objetos de consumo, acolitados (acompanhados) por belas sacerdotisas.
Quem pode comprar à vista, sente-se no Reino dos Céus. Quem precisa utilizar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir num estado infernal… Felizmente terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mac Donald…
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático”. Diante de seus olhares espantados, explico: Sócrates, filosofo grego, que morreu no ano 399 antes de Jesus, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:
“Estou apenas constatando e observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”


Autor: Frei Betto – Frade Dominicano e escritor de mais de 50 livros, contos e crónicas, estudou jornalismo, teologia e filosofia.